FILOSOFIA

FILOSOFIA

A medicina natural pode acrescentar muito no cuidado geral com as crianças, no tratamento das doenças comuns da infância e na manutenção da saúde.



Os métodos naturais como a Homeopatia e o Ayurveda colaboram com uma postura menos materialista e menos imediatista, desencorajando a auto-medicação, o exagero e a falta de bom senso no uso da alopatia.



É possível mudar os hábitos e usar os recursos naturais a fim de construir um estilo de vida mais saudável, sem deixar de lado a prática médica convencional, com suas indicações precisas.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

FEBRE AMIGA

Já está no ar  um novo texto para o site ANGELINO! Falando um pouco sobre a febre, para tranquilizar os pais mais desesperados e para informar sobre este importante recurso de defesa.

FEBRE AMIGA


Muitas mamães e papais ficam desesperados quando seus filhos aparecem com febre. É preciso ter calma para observar e febre direitinho e também alguns cuidados especiais. Mas definitivamente não há motivo real para desespero.  Hoje vamos falar da febre amiga, para acalmar todo mundo!

Sim, febre é um sinal de que a criança pode estar com alguma infecção. Mas, ainda assim, não há motivo para pânico. Sabendo observar, a própria febre vai sinalizar se a infecção é grave ou não. Geralmente nas infecções virais, que são todas auto-limitadas, a febre é mais branda e vem em intervalos maiores. Nas infecções bacterianas, mais sérias, a febre é mais alta e mais persistente.

Mas, mesmo assim, a febre é amiga. Ela faz parte da defesa do organismo contra todos os agentes morbíficos: vírus, bactérias, vacinas e outros. Portanto, a febre AJUDA a combater os eventuais invasores. Somente na vigência de febre, é que o organismo vai poder liberar substâncias capazes de executar a nossa defesa: são as interleucinas, citocinas e linfócitos. Pode acreditar, os quadros infecciosos que cursam sem febre tem evolução mais grave do que os que cursam com febre.

Isto porque a capacidade do organismo produzir a febre reflete a sua energia vital. Quanto mais saúde, mais energia, mas facilmente se desencadeia todas as reações necessárias para a defesa do organismo, ou seja, febre. E, é por isso, também, que as crianças fazem aqueles febrões mais freqüentemente do que os idosos . Conseqüentemente, crianças passam por uma gripe tranquilamente, re-estabelecendo seu equilíbrio em 2 ou 3 dias, e os idosos acabam tendo as complicações graves, como uma pneumonia, por exemplo, com mais freqüência.

Então, podemos ponderar aqui a necessidade de dar um anti-térmico, ou não. Do ponto de vista da medicina natural, a febre é muito útil. É a própria natureza agindo! Claro que não é proibido medicar, mas isto deve ser feito com parcimônia. Não é necessário dar antitérmico já no primeiro 37,8 que aparece. Antes de medicar vamos observar. A criança pode fornecer sinais importantes.  Ok, está com febre. Então observe: sede, sudorese, sonolência, alterações de comportamento (ou muito agitada ou muito quietinha), temperatura das mãos e pés e cor da pele.

Observando tudo isso, você pode escolher com mais tranqüilidade o momento de medicar. Lembre-se que uma criança saudável com quadro de febre nas primeiras 6 a 12 horas, ainda não está doente. Ela está trabalhando para combater a infecção. Você saberá se tudo se resolveu pois, em menos de 24 horas a febre some, o apetite melhora, a criança está feliz e tudo está de volta ao normal.

Caso contrário, outros sintomas podem aparecer: queda do estado geral, vômitos, falta de ar e sonolência excessiva, são os mais preocupantes e aí sim é hora de procurar o médico.

Mas, e na hora da febre?

Deixar a febre se manifestar, frisando mais uma vez, não é largar a criança e deixá-la sofrer. A situação é incômoda, mas há meios para aliviar o mal estar.

A criança com febre deve ficar em repouso, deitadinha, vestida com roupas leves, sem televisão, sem agitação e sempre acompanhada de perto. Como eu disse, ficar atento às suas necessidades: fome, sede, companhia. Muito amor e carinho nesta hora.

Mesmo que haja fome, evitar oferecer alimentos como: leite, carnes, alimentos crus (frutas e vegetais – mesmo sucos), ovos e chocolate. O bom mesmo é uma sopinha de legumes, macarrão, arroz, frutas cozidas ou assadas, bolachas de água e sal ou de maisena, torradas com mel ou geléia de frutas.

Caso haja falta de apetite, respeite, mas hidrate! Manter a hidratação é fundamental – oferecer alternadamente  e em pequenas quantidades: água pura, chás digestivos (não pode ser chá preto nem mate), soro de rehitratação (a versão sem corantes e sabores) , água de coco.

E observe, com toda a sua atenção. Contate seu médico de confiança, busque o apoio que precisar e tire eventuais dúvidas. E, se a febre virar um febrão, acima de 38,8, com muito desconforto, aí dê o anti-térmico e pronto.

O que realmente não pode é dar anti-térmico demais. Não adianta dar remédio antes que a febre suba realmente. Ele não irá evitar a subida da febre. O próprio no me diz: o medicamento é ANTI-térmico. Se não houver hipertermia (temperatura maior que 37,8) ele naturalmente não irá agir. Aí, mesmo tomando o remédio a febre sobe. A mãe dá outro. E aí acontece a pior das situações: a temperatura corporal cai demais, podendo chegar à hipotermia (temperatura menor que 36 graus). Nestas condições, não há como o organismo se defender. É muito mais fácil tratar uma febre alta do que tratar a hipotermia. Portanto, evitar o uso excessivo e repetitivo do anti-térmico, a todo custo!

Mas e a convulsão febril?

A convulsão assusta. E como. Mas só quando ela acontece. Não precisamos ter medo da convulsão febril se ela nunca ocorreu antes. Ter convulsão febril não é a regra, mas a exceção. É um quadro benigno e não indica obrigatoriamente a presença de alguma doença grave, não predispõe à epilepsia e não compromete o intelecto da criança.

Ela é causada pela elevação brusca da temperatura e pode acontecer aproximadamente em uma em cada 25 crianças com idade entre 9 meses e 5 anos. A incidência do primeiro episódio diminui bastante a partir dos 3 anos de idade.

As crianças que estão fora da faixa etária mais comum, que não têm antecedente familiar de convulsão febril ou que nunca apresentaram um episódio antes, dificilmente apresentarão um primeiro episódio.

Caso aconteça, é necessário manter a calma e procurar o serviço médico. E não pense que a convulsão febril irá acontecer porque você não deu o anti-térmico e deixou a febre seguir seu curso. Ao contrário, quando a febre segue o seu curso natural, raramente acontece uma elevação da temperatura brusca demais. Geralmente a subida de febre é gradual. Ou não. Cada indivíduo tem a sua forma de ser manifestar.

De qualquer maneira, desfazendo os medos e os mitos e estando em contato com o seu médico de confiança, vocês poderão, juntos, encontrar a maneira mais adequada par a tratar a febre de seu filho. Assim a natureza pode seguir seu curso, as intervenções podem ser feitas com cautela e critério e o organismo pode agradecer de estar livre de intoxicações desnecessárias!

Saúde!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

INSPIRAÇÕES: Auto-estima do seu filho

Dez inspirações para promover a auto-estima de seu filho:

                         Cuide da própria auto-estima




  Dê força nas dificuldades



Diga o quanto o (a) ama



Estimule a sua individualidade




Toque-o 



Compreenda seus lutos



Incentive as aptidões



Entre no jogo da negociação



Ouça de forma imparcial



Faça elogios sinceros


Fonte: Revista Crescer 216 nov 2011 pag 78
Fotos: todas retiradas do Google

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

"a medicalização da vida e a cientificação da existência!"

O texto parece bastante complexo, mas lido com cuidado explica muito bem o que é isso!

(Abaixo reproduzo abaixo o texto na íntegra, extraído do site ECOMEDICINA (por sinal, excelente: www.ecomedicina.com.br). O autor, Dr. Paulo Rosenbaum, é médico e foi meu professor na Escola Paulista de Homeopatia. Nem preciso dizer o quanto amava as aulas dele!)

Vivemos em tempos em que o desenvolvimento tecnológico vem ocupando um espaço que não é dele. Tecnologia é muito bem vinda sim, mas devemos ter muita cautela. Olha só quanta coisa acontece por aí, propagandeando saúde e bem estar e na verdade deveriam ser muito bem repensados. Será que é isso mesmo que queremos? Distância, frieza, tanta praticidade assim? E nessas de tecnologia e praticidade, onde fica o instinto materno, o nosso feeling de poder saber o que fazer porque algo aqui de dentro diz que assim é o certo? Será que, por exemplo, mais da metade das mulheres brasileiras não sabem mais parir ? (ainda estou revoltada com os horrorosos 52% de cesarianas no país)... ou será que elas ficam deslumbradas em poder ter um parto tecnológico cheio de "cuidados" que só atrapalham?

Será que às vezes não é bom retroceder um pouquinho? Apelar para o chazinho da vovó, para o peito, o colo, o aconchego, para nossas raízes e tradições?

Quando tive meu parto natural, alguém me disse que tinha sido um parto "indígena". E eu respondi: foi mesmo. Para quem considera a medicina natural um retrocesso, costumo dizer que, em algumas ocasiões, este "retrocesso" é muito bem vindo. É a melhor escolha, é o que melhor sabemos fazer e é o modo de deixarmos que os milagres aconteçam.

Eu não tenho o dom de escrever e conseguir colocar em um só texto como isso me angustia. Mas o Dr. Paulo Rosenbaum tem. E faço destas as minhas palavras. Ele foi perfeito neste texto!

Aproveitem a viagem!

Milagre, antropogenia e cientificismo


A questão da ciência - seus limites e critérios - está sempre voltando à pauta jornalística. Artigos recentes lembraram a perseguição que cientistas americanos vêm sofrendo por acharem resultados que às vezes contrariam expectativas populares no caso de novas evidências surgidas contra a hipótese do aquecimento global.

Há quem ache que a ciência fará milagres. A tradução deste termo nos remete a múltiplos significados etimológicos. Mas o fato é que sempre que um extraordinário acontece, recorremos à palavra. O milagre é, provavelmente, muito mais banal do que supomos. Seriam as marcas de um acontecimento extraordinário, transcendente? A natureza do milagre, vale dizer, seu propósito, é exatamente forçar-nos a admitir que há algo além, muito adiante da curva do insondável. Talvez o que não dominamos, ou nem sonhamos em conquistar: o inexplicável. Exatamente tudo aquilo que nestes estertores de pós-modernidade não nos é mais permitido.
Por isso vê-se necessário explicitar a diferença entre atitude científica e cientificismo. Na inquietude científica, encontramos os autênticos elementos de ética e recato que pesquisas e pesquisadores devem ter: a cadência da humildade, a suavidade mental para admitir que há, inclusive, mais segredos que explicações, o respeito pelo contraditório e inacabado. Enquanto isso, na outra ponta, o cientificismo tornou-se uma seita: adota uma percepção seletiva, determinista, às vezes dogmática e descontextualizada.

O milagre é lugar-comum, porque não é difícil verificar que o comum contém o milagroso. Acontece bem na soleira das nossas portas ou aqui mesmo, dentro de cada organismo. A respiração e as trocas gasosas de captação de oxigênio e eliminação de CO2 (gás carbônico) são milagres que acontecem 31 vezes por minuto. A manutenção da temperatura corporal humana de 36,8 graus (em média), mesmo quando há frio e calor excessivo, também poderia figurar nesta categoria. É a homeostasia - uma excepcional constatação do médico fisiologista Walter Bradford Cannon nos anos 30 - a capacidade de nos manter razoavelmente estáveis em um meio altamente instável. Os pequenos milagres, ou sinais de vida, têm uma constância absurda, e faz bem alguma humildade para não atribuir tudo ao acaso.

Afinal, muitas coisas que estamos tentando curar com a tecnociência nossa de cada dia - entre as quais a destruição da biosfera, a desclimatização do planeta, as patologias provocadas por radiações ionizantes, a explosão de moléstias neurodegenerativas, a farinização e industrialização dos alimentos - são enfermidades artificiais, produzidas por nossas próprias decisões e meios de vida. As modificações que o homem introduz no meio ambiente são conhecidas como antropogenias.

Ao mesmo tempo, deparamos com um avanço das ciências aplicadas, tanto espetacular como perturbador. Há confiança excessiva no domínio frágil, se não perigoso, da própria natureza. Isso se alastra por todos os cantos, da medicina à astronomia, da física à biologia. Mas essa inflação do papel da ciência nas nossas vidas embute um impasse, já que ele não nos torna automaticamente aptos para assumir, nem a compreensão nem a onisciência prometida.
O inconcebível avanço da tecnociência é um marco da capacidade humana, mas seu uso, e preço, pouco razoáveis. Podemos enxergar o tamanho do exagero? O endosso generalizado e acrítico com que passivamente aceitamos todos esses instrumentos e artefatos?

Escancaramos as porteiras da medicalização da vida e fomos um pouco adiante: a cientifização da existência.
Por isso é salutar provocar com o desconhecido. Acreditemos ou não nele, os milagres evidenciam desafios. E o desafio não é só seguir adiante num mundo fraturado, com as tradições, todas elas, em frangalhos. Estamos em plena era dos descartes - prematuros e erráticos - das necessidades subjetivas, do mundo interior, da arte e da filosofia como forma de vida (ou de morte). Mergulhamos no pragmatismo cru, nas hiper-racionalizações que bloqueiam a vida, quando na verdade a vida e a saúde são a regra, as anomalias e as doenças, dolorosas exceções.

O desafio agora é autocrítico, e, eventualmente, considerar retroceder, como fez recentemente a Alemanha ao dizer não às centrais nucleares. E por que não voltar passos atrás? Diante da extensão do incognoscível precisamos reconhecer a extensão da arrogância e a soberba intelectual que nos possuiu. Possuiu-nos frente ao que não sabemos nem controlamos. O homem pode produzir milagres - e o fará cada vez mais - assim a ciência demonstra. E é bom que seja assim.

Vibraríamos todos com tetraplegias curadas com elétrodos, e quando nossos recursos tivessem se esgotado seria absolutamente genial acompanhar exércitos de robôs extraindo água de asteroides congelados. O inconcebível é imaginar um domínio arrogante, que despreza os efeitos colaterais das interferências: aí está a sobrenatural empáfia do cientificismo.

Sempre me interessei por robôs, mas também sempre lamentei que eles, ao menos nas ficções, acabem se insurgindo contra seus criadores: foi assim em 2001, Uma odisseia no espaço, de Arthur C. Clarke, e se repetiu em Eu, robô, de Isaac Asimov. Não é só uma ética duvidosa, em uma palavra, ingratidão, esta das máquinas. As referências são oportunas para mostrar que, tal qual velhos robôs, também podemos nos enganar. É possível até prescindir de atribuir uma autoria ao Cosmos e substituí-la por esse androide mítico chamado tecnologia. Se é essa é a grande revolução do século 21, ficamo-la devendo às próximas gerações.

Paulo Rosenbaum - médico, PhD e pós-doutor pela USP, poeta e escritor

(Artigo publicado no Jornal do Brasil)




sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Passeando com o bebê - na barriga, no colo, no sling....

Durante a gravidez estávamos tão acostumadas a levar o bebê passear... só que dentro da barriga está tudo sob controle... lá vai o bebê curtindo o balanço da mãe, que segue apressada pelos corredores do shopping procurando acertar os últimos detalhes do enxoval!... ou em Miami, fazendo o enxoval!

Aí o bebê nasce e a mãe se sente cheia de restrições. Dor no corte da cesária, visitas de monte em casa, perdida entre mamadeiras e latas de fórmulas...

COMO É QUE  ÉÉÉÉ???? NÃAAAOOO....

Ah vai! Tem coisa muita mais gostosa para se fazer durante a gestação e com o bebê pequeno!!! Muito melhor do que correr atrás do enxoval e de ticar todos os itens das listas de maternidade e chá de bebê, é frequentar alguma atividade que possa acrescentar informação ao casal grávido. Tenho certeza que, se todo mundo se preocupasse em se informar melhor, não teríamos este índice grotesco de 52% de cesarianas no Brasil e muitas mães amamentariam por mais tempo...Enfim!!!

As reuniões de gestantes são um prato cheio! (mas não qualquer uma!) Nelas, as futuras mamães e papais conversam sobre os mais diversos assuntos, desde que os tipos de parto, amamentação, até os primeiros cuidados com o bebê. Os casais vão se inteirando sobre o que é  e o que não é importante durante a gestação, na escolha do tipo de parto (quando digo escolha não estou pensando em cesariana, viu? cesariana não deveria ser uma simples opção e sim uma necessidade, se toda mulher soubesse que é uma cirurgia indicada para as complicações do parto - mas este é outro assunto, que merece um post só dele...) 

Principalmente os pais de primeira viagem, vão se acostumando às novidades que virão logo após o parto. E  além de tudo, entram em contato com outros casais grávidos, com as mesmas dúvidas, medos e questionamentos. Isto é um santo remédio - percebemos que não estamos sozinhos e que não somos ETs, em pensar assim ou assado. Dúvidas são mais do que naturais nesta fase, mesmo eu, mãe-pediatra, tinha as minhas. E várias.

Eu frequentava as da Casa Moara (www.casamoara.com.br). Mas tem também no GAMA (www.maternidadeativa.com.br) Ambas são gratuitas.

Outra atividade maravilhosa para gestante são as aulas de yoga. Ajudam a respirar adequadamente, ajudam no alongamento, preparam a mulher para as posturas na hora do parto, ajudam na introspecção, meditação, e portanto, combatem a tão conhecida ansiedade!

Os cursos de primeiros cuidados com o bebê, cursos de shantala... também ajudam a futura mamãe a ir se adaptando à nova realidade. Seu corpo se transforma, sua mente e seu coração nunca mais serão os mesmos após o parto. E é preciso sim, preparar-se para esta nova realidade, para também nascer como Mãe!

Viu, como tem coisa bem mais produtiva e gostosa do que só perambular pelo shopping pra fazer o enxoval perfeito? Mesmo porque, quem foi que conseguiu usar toda aquela lista da mala da maternidade ??? Hein, hein?

Tá muito bem, a gestante curtindo muito tudo... o parto foi maravilhoso, uma experiência linda e tal.. E agora... o nenê chora, a gente não sabe porque. Tem cólicas, a mamãe também chora, o papai é que não sabe porque, nem o que fazer...é... o primeiro mês...  difícil... e ainda por cima, grande parte dos pediatras condena estas mamães e suas crias a ficarem trancadas em casa!!! Ninguém merece! 

Dar passeios com a criazinha é muito bem vindo para o bem-estar do binômio mãe-filho! Caso a mamãe ainda não queira alçar vôos mais longos, são muito legais os passeios a pé na pracinha, ou na calçada, com o bebê no sling. Mas pode? Pode sim! Ele vai estar protegido lá dentro! Só curtindo o seu balanço e o seu calor, e de quebra toma um pouco de sol, que ajuda no metabolismo da vitamina D e na eliminação da icterícia!




Os bebês, se pudessem, se revoltariam, caso no primeiro mês de vida só saíssem para ir tomar vacina e ir ao pediatra. Coisa mais chata. E a casa da vovó? E o barulho dos priminhos? E aquele cachorrinho de estimação que pula nas pernas da mamãe? E a brisa da manhã? E a claridade? Porque não nos divertirmos um pouco?




Tudo isso pode, com bebês antes dos 3 meses! Claro, existem algumas situações que não são bem vindas, tipo: música no último volume, fumantes, passeios muito longos, exposição demasiada a temperaturas extremas, ao vento e ao sol, lugares fechados, lugares com aglomerado de gente... aí, é só ter bom senso!

Voltinha no shopping pra tomar café com a vovó também pode - evitando os horários do furdúncio, tipo sábados e domingos e semana do Natal... porque não?

E porque não cinema, teatro, dança ou música???

O CINEMATERNA faz de tudo para receber bem as mamães e seus bebês: as sessões tem ajudantes, estacionamento de carrinhos, trocadores dentro da sala, som mais baixo, ar condicionado menos frio e a sala não fica totalmente escura. E ainda, após a sessão, sempre tem um bate-papo legal! Visite lá:
 www.cinematerna.com.br   







O Teatro Alfa e o Teatro Folha costumam ter sessões especiais para receber os menorezinhos, com estacionamento para carrinhos... E o Grupo Sobrevento, que tem sessões especiais para bebês e de graça! (www.sobrevento.com.br)







A Dança Materna, projeto da Tatiana Tardioli, promove uma atividade deliciosa das mães com os bebês, de colo, engatinhantes e andantes. (www.dancamaterna.blogspot.com)

E para quem curte samba e outras cositas más, o Projeto Sambebê traz periodicamente a São Paulo samba de primeira para pais e crias, e aulas de Baby Yoga, Slingadas, degustação de papinhas orgânicas...
Visite o site: www.sambebe.com.br






Não podemos esquecer do Zoológico de São Paulo, do Simba - Safári, do Instituto Butantã... mesmo com os pequeninos de 1 ou 2 anos é uma delícia! Eles já se interessam pelos bichos... a Analu chama todos de au-au!!!

 E dos nossos parques... O Parque Burle Marx, na zona sul de São Paulo, é maravilhoso para as crianças pequenas, já que não permite a entrada cachorros e nem bicicletas. (Nada contra cães e bikes, mas, convenhamos, que tem gente que tem o dom de não ter um pingo de educação nem desconfiômetro...)

Então, turma, vamos socializar!!! Nada de ficar em casa circulando de pijamas, hein? 

ps: todas as fotos e logos foram retiradas do google


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Para escolher o que comer...

Vamos falar um pouco de Ayurveda aqui no blog.

Para quem não conhece, o Ayurveda é o sistema de medicina tradicional indiano, que tem aproximadamente 3000 anos.Por ser um sistema tradicional, ele lança mão apenas de recursos naturais para a prevenção e o tratamento dos mais diversos males. O Ayurveda é espantoso pois, apesar de ser tão antigo, possui anatomia, fisiologia e patofisiologia muito bem embasados e coerentes. É claro que são diferentes da descrição ocidental, mas fazem toso sentido.

Não vou conseguir explicar aqui as bases filosóficas, anatômicas e fisiológicas do Ayurveda sucintamente.... o assunto é extenso e complexo, fica reservado para os alunos do curso de formação em Ayurveda....

Mas, para descomplicarmos o assunto, preciso explicar sobre a importância do AGNI - o fogo digestivo. Sabendo identificar a qualidade do Agni, podemos desencadear uma serie de cuidados em relação à alimentação, que por si só, já podem ajudar a prevenir uma série de males comuns. Principalmente os das crianças.

As crianças saudáveis costumam ter um agni muito bom. Têm o apetite preservado e que se manifesta em horários apropriados: pela manhã, na hora do almoço, à tardezinha e à noite. Não sabem ainda o que é gula - se é que nós, adultos, já não tratamos de ensiná-los a comer sem ter fome....

Do ponto de vista do Ayurveda comer sem ter fome é um pecado capital! Não ter fome pode dizer duas coisas: uma situação fisiológica em que ainda está acontecendo a digestão da refeição anterior, ou uma situação anormal onde o agni está fraco, incapaz de digerir alimentos naquele momento. Tanto em uma situação como na outra, a falta de apetite deve ser respeitada. 

REGRINHA BÁSICA 1, então: Não devemos nunca comer sem ter fome, quando ainda não se completou a digestão da refeição anterior.Este processo tem que ser completado para que os nutrientes possam ser absorvidos adequadamente e para que não se forme ama - a toxina resultante da má digestão dos alimentos. O acúmulo de ama pode gerar uma série de desequilíbrios importantes! 

REGRINHA BÁSICA 2: no caso da criança estar doente, mesmo que seja só uma gripe, a primeira coisa a desaparecer é o apetite. Isso porque o fogo digestivo está "ocupado" em digerir toxinas. Portanto, não ficar insistindo para uma criança doente comer muito. É valido tentar oferecer coisas fáceis de digerir como uma sopa ralinha, uma canja, um brodo nutritivo, sucos naturais, frutas cozidas ou, se nada disso funciona, apenas o mingau de arroz com uma colherinha de chá de ghee (manteiga clarificada), que os indianos chamam de PEYA. Mesmo um agni fraquinho é capaz de digerir peya, ou seja é a comidinha que ajuda na recuperação do agni, faz o doente se sentir melhor e mais disposto.

No dia a dia, então, devemos estar atentos às combinações de alimentos que por si só tratam de diminuir o agni, portanto pioram a capacidade de digestão e geram mais toxinas. Muitas vezes, o consumo prolongado de combinações alimentares inadequadas pode gerar estados de desequilíbrio como: alergias, catarro, congestão, tosse, dor de estômago, azia, falta de apetite. A incompatibilidade alimentar não só atrapalha a digestão, como confunde a nossa inteligência celular, gerando os mais diversos males.

OUTRAS REGRAS IMPORTANTES:

  • Frutas, de uma forma geral, devem ser consumidas isoladas de outros alimentos. Isto porque as frutas ao serem digeridas, produzem um efeito mais ácido, fermentativo, que misturado a outros alimentos, cria um "suco" ácido e pouco digestivo dentro do estômago, atrapalhando a digestão. O que dizer então de uma bela vitamina gelada de leite batido com banana, maçã e mamão? Muito, muito, muito indigesto. De vez em quando até não faz mal, mas evitar consumir coisas deste tipo diariamente, principalmente se o agni não está bom, se a criança está gripada ou encatarrada, se o dia está frio....  as frutas são ótimas quando consumidas cozidas, com uma canelinha, ou com mel.
  • Não consumir alimentos crus e cozidos na mesma refeição. Tipo, salada de alface, cenoura e pepino, junto com arroz, feijão e bife. Os alimentos crus e os cozidos necessitam de tempos diferentes para serem digeridos. Como os crus levam mais tempo, principalmente grãos, devem ser consumidos esporadicamente e quando a agni está bom. Em dias frios ou em caso de estar doente, dar preferencia só aos cozidos, sopas, melhor ainda!
  • MEL só deve ser consumido cru. Nunca aquecer o mel, pois o calor faz com que suas moléculas fiquem heterogêneas, criando um "cola" que adere às mucosas, produzindo toxinas. O mel in natura é nectar, aquecido é um veneno.
Não misturar:
  • leite com: carne, peixe, batatas, bananas, pães com fermento
  • iogurte com: frutas, leite, limão, ovos
  • ghee com mel em quantidades iguais
  • ovos com feijões, queijo, peixe, leite, carne e iogurte
A melhor forma de consumir:
  • frutas: sozinhas, cozidas ou com especiarias (bananas com mel ou canela)
  • iogurte: na forma de lassi: 1/4 de copo de iogurte com 1 copo de água, 2 pitadas de gengibre em pó e de cominho em pó, ao final da refeição, ajuda a digestão
  • leite: sempre fervido com especiarias
  • carne: na forma de caldo, principalmente na convalescênça
  • líquidos durante a refeição: pequena quantidade e NUNCA gelado
  • ghee: 1 colher de chá em cima do prato quente 

Buon apetit!!! 



quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Post no site Cia das Mães!

Gente, quem ainda não conhece, vale super a pena conhecer o site Cia das Mães!
Só tem coisas lindas e gostosas para as mães, bebes, crescidinhos e ate para os papais!
As coisas mais deliciosas, que eu amo sao os slings, as naninhas, as roupinhas e as bebechilas! vale a pena conferir e ficar doida com tanta coisa bonita:

www.ciadasmaes.com.br

Esta semana, elas publicaram um post meu lá, na coluna Vida de Mãe:
Falo um pouco mais da minha estória (quem leu meu relato de parto já conhece bem), da minha opção pelo parto natural e do envolvimento com a medicina natural!

http://www.ciadasmaes.com.br/blog/vida-de-mae/1572-2/


"Quando me perguntam por que escolhi ter um parto natural costumo encher o peito, dar um suspiro e me preparar para contar uma longa estória… a escolha pelo parto natural nasceu lá atrás, antes mesmo de eu imaginar que um dia seria mãe, foi uma conseqüência da minha trajetória de vida.

antes dos vinte anos decidi ser médica. simplesmente eu nunca me imaginei fazendo outra coisa. formei-me em 1999 e fui fazer residência em pediatria. durante meus 10 anos de experiência em pronto socorro, eu sentia duas coisas: uma, que eu tinha uns “filhinhos adotivos” por aí, o que acabou saciando de alguma forma o meu instinto materno. e outra, o medo de um dia passar o que aquelas mães passavam! claro, eu só via um lado da moeda, né? o sofrimento daquelas mães e crianças ficou marcado em mim de forma tão intensa que não me permitia vislumbrar o prazer de ser mãe. felizmente, com o nascimento dos meus sobrinhos isso foi mudando devagarzinho – sendo tia pude experimentar um pouco do lado da moeda que eu não vivia com a pediatria.

logo ao terminar a residência em pediatria, me decepcionei com a medicina convencional. sentia falta de mais proximidade com o paciente e sentia que eu necessitava de uma ferramenta a mais para exercer a medicina de forma integral.

fui fazer uma especialização em homeopatia – isso já era parte daquela tal busca – e encontrei a maneira de exercer minha profissão com maior sensibilidade. mas não bastou… depois disso, vieram as formações em yoga e em ayurveda (a medicina indiana). com elas encontrei uma forma de ver o homem e o universo, muito mais condizente comigo do que aquilo que eu tinha aprendido na faculdade de medicina, que já não me bastava. finalmente, depois da minha última viagem à índia, pude me sentir plena e pronta para a maternidade. a índia é transformadora: fui invadida por um conhecimento que me deixou satisfeita. encontrei respostas para todas as minhas questões metafísicas e existenciais. conseqüência: retornei em fevereiro de 2010 e em março estava grávida!

assim que soube da gravidez, já tive o desejo de ter um parto natural, sem intervenções, deixando simplesmente a natureza agir. aprendi que isso é possível e aplico não só para mim, mas na minha prática pediátrica! ficou muito claro para mim como podemos atrapalhar a natureza, com milhões de intervenções desnecessárias. às vezes um pequeno mal, uma doencinha que o próprio corpo pode dar conta, através da sua sabedoria interna, vira um grande mal, simplesmente porque atrapalhamos o processo natural.

durante a gravidez pude colocar em prática muito do que aprendi. fiz yoga durante a gestação inteira, tomei cuidados especiais, usei ervas adequadas e prestei muita atenção à alimentação. posso dizer que a minha gestação foi a consagração de todo o meu estudo e toda a minha busca.

o yoga e o ayurveda me ajudaram a ter uma gestação tranqüila e a homeopatia me ajudou muito durante o trabalho de parto. conheci pessoas incríveis, que me ensinaram muito. todo o preparo para o parto, para a amamentação me acrescentou demais, à minha vida pessoal e conseqüentemente à minha prática pediátrica.

agora, que minha filha analu já tem 9 meses e que estou de volta ao trabalho, estou mais segura das minhas convicções. não abandonei tudo o que aprendi na faculdade, de jeito nenhum! este é um conhecimento necessário. mas precisa ser usado com critério. posso dizer que fiquei mais satisfeita com o meu modo de fazer medicina e de cuidar da minha filha. com o meu modo de vida.

agora posso entender o que é instinto materno. e percebo que, hoje em dia, o acesso fácil à informação, aos remédios, aos recursos, às intervenções e ao tão valorizado desenvolvimento da medicina, acabaram por ofuscar este instinto. nesta era de modernidade ganhamos muito, mas também perdemos.

nem sempre o que é considerado prático ou confortável é a melhor escolha. o maior exemplo são os índices altíssimos de cesarianas eletivas, sem indicação real. ou, um manual que propõe deixar que seu bebê chore sozinho no berço, até que perca as forças e adormeça. ou ainda, alguns pediatras orientam a introdução precoce de alimentos ou de fórmula, porque a mãe está saindo para trabalhar, esquecendo-se que manter o aleitamento materno exclusivo é possível.

enfim, eu ficaria aqui escrevendo 10 páginas de exemplos de situações em que o natural e o instinto são deixados de lado, em prol do tal conforto e praticidade. mas este é um erro gigante, uma falha de discernimento. a cada vez que deixamos o natural de lado, estaremos deixando de experimentar a vida na sua forma mais real, mais verdadeira, mais humana.

os recursos estão aí para serem usados quando realmente são necessários. em situações extremas, de risco para a saúde e para a vida. mas, excetuando-se estas situações de gravidade, a natureza dá conta. todas nós somos dotadas de instintos e da força do feminino. só precisamos deixar aflorar e confiar.

no meu caso, ter me permitido ter um parto natural, sem intervenções, apenas observando a natureza seguir seu curso e confiando nela, tornei-me outra pessoa. reforcei as minhas convicções e a minha forma de ver o mundo. e entendi, de uma vez  por todas, a minha busca. acho que finalmente cheguei ao primeiro ponto. agora, o caminho continua. sigo confiante na minha própria força, na força do feminino, da maternidade e da natureza, da nossa divina mãe. e feliz, por poder contar com a homeopatia, o yoga e o ayurveda, que permeiam a minha vida, meu modo de ser, meu modo de entender o outro e de exercer a medicina!"

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Novo texto para a coluna no Angelino!

O site Angelino esta de visual novo! Vale a pena conferir as novidades!
Neste mês, que ainda esta bastante frio, aproveitei para escrever algumas dicas e receitinhas ayurvedicas para previnir e combater as doenças comuns do inverno...
Muito calor humano e muitas especiarias para aquecer o corpo e o coração! De uma conferida lá!


RECEITAS PARA AQUECER O CORPO E  DEIXAR A GRIPE LONGE – COMO O  AYURVEDA PODE AJUDAR

Nestes meses de inverno temos experimentado uma variação enorme do clima. Uns dias faz muito frio seco, umidade relativa do ar em estado de atenção. No dia seguinte, a temperatura aumenta uns 9 graus, chove e o ar fica quente e pesado…

Esta montanha russa climática é um desafio para a saúde de todos, mas principalmente para a das crianças.

Mas, felizmente, justamente por serem crianças, estes organismos tem a sua sabedoria interna mais preservada e mais capacidade de responder a todos estes estímulos, retomando o equilíbrio. Quando algum desequilíbrio se instala, surgem as enfermidades.

Do ponto de vista do Ayurveda, todo organismo possui três princípios reguladores, os chamados doshas: vata, pitta e kapha. Para manutenção da saúde é imprescindível que os doshas estejam em equilíbrio para que exerçam corretamente as suas funções. Mas acontece que estamos todos, a todo o momento, sendo bombardeados por estímulos que perturbam os doshas: as alterações climáticas, a alimentação incorreta, as emoções, stress, pressão… Eu poderia enumerar aqui centenas de situações em que os doshas são perturbados, devido ao estilo de vida moderno que levamos.

Mas vamos nos ater às alterações climáticas e às crianças:

Durante a infância, o dosha mais proeminente é o kapha. Ele é composto por terra e água e, por isso, é responsável pelo crescimento do corpo, pela massa, pela estrutura. É a nutrição, o anabolismo. Nesta fase, o organismo está em franco desenvolvimento. Kapha possui os atributos: frio, denso, pesado e oleoso. E é daí que deriva a sua função de promover estrutura e  lubrificação do organismo. Os indianos comparam, muito sabiamente, as crianças a uma uva fresca e os idosos, a uma uva passa, seca. Ou seja, vamos secando ao longo da vida, até ficamos bem enrugadinhos, pois com o tempo,  kapha vai diminuindo e vata, composto de ar e espaço, vai aumentando. A senilidade é a fase vata da vida.

Quando o clima está frio e úmido aumenta kapha. E as crianças, naturalmente cheias de kapha no corpo, passam a experimentar o excesso deste dosha: nariz escorrendo, gripe, secreção, tosse, sinusite e até crise de bronquite ou asma, ou seja, excesso de água. Basta um empurrãozinho do clima úmido e frio e todos estes quadros podem ser desencadeados… Há perda do equilíbrio.

Para evitar que isso aconteça, devemos combater o excesso de água de kapha com o aquecimento do organismo. Tanto externa como internamente. Sim, aquele velho papo de “não pise no chão frio”, “não entre na geladeira”, “não beba gelado”, “coloque um agasalho menino”, faz TODO sentido. Aquecendo o corpo com agasalho, um banho quente ou até um escalda pés é bastante útil para combater os efeitos do tempo frio e úmido.

E, o mais importante: aquecer o corpo internamente. Como? Com especiarias.
 O recurso para a prevenção das doenças do inverno e também para tratá-las pode estar na prateleira da sua cozinha! Para crianças, remédios caseiros são muito interessantes. Primeiro porque não têm efeitos colaterais. Depois porque, em geral, tem um gostinho bom e vem com uma dose extra de carinho da mamãe ou da vovó e, terceiro, porque são realmente eficazes. O tal chá de alho da vovó não é lenda não. Está lá, explicado nos textos antigos de Ayurveda: o alho tem uma propriedade bastante aquecedora, combatendo então, os efeitos do excesso de kapha, que é frio.

Além do alho, as especiarias são um recurso valiosíssimo! Seguem aqui algumas receitinhas caseiras para melhorar os estados congestos (nariz entupido, gripe, tosse com catarro, bronquite):

1/2 colher chá de gengibre em pó ,


1 pitada de canela em pó e outra de cravo em pó


Misturar tudo em 1 xícara de água fervente, como um chá. Pode coar e adoçar, se quiser.

 Ou ainda,
 1/2 colher de chá de gengibre em pó,
1 pitada de pimenta do reino
Misturar em 1 colher de sobremesa rasa de mel. Aí, comer este “brigadeirinho” 1 ou 2 vezes ao dia. Não fica ruim e nem ardido demais, acredite! Ou a mesma coisa, só que com cravo em pó: 1 pitada pra 1 colher de chá de mel.

 Um ótimo truque para cessar a tosse noturna é esfregar a sola do pé com gengibre em pó, ou colocar uma fatia do gengibre fresco dentro da meia. Além de cessar a tosse, o pé amanhece sequinho e sem chulé.

Inalação com uma decocção de sálvia também é ótimo: coloque algumas folhas de sálvia em um pouco de água fervente e abafe. Você pode esperar esfriar e colocar no inalador ou inalar a fumaça que se desprende da decocção quente (isso é um pouco perigoso para crianças pequenas pelo risco de queimaduras).

 Outra recomendação válida é evitar a todo custo alimentos frios e pesados como sorvete e iogurte. O leite deve ser consumido fervido e com especiarias, como a canela, cardamomo ou nós moscada.

 Percebam que todos os ingredientes que citamos acima possuem características aquecedoras – a canela, o cravo, o gengibre, a pimenta do reino, são ótimos para serem usados no dia a dia, numa sopa, por exemplo, em forma de chás e de remédios caseiros. O mel, por si só, é um ótimo remédio, mas deve ser consumido apenas por crianças maiores de 1 ano, pelo risco de botulismo, ok? E não deixar de consultar o pediatra caso apareça febre, cansaço ou queda importante do estado geral.

Bom, agora é tratar de esquentar os pés com um cobertor bem quentinho, um chá de especiarias e muito calor humano até o inverno passar…



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Manual para a Mãe Trabalhadora (como eu!)

Segue aqui o manual do Ministério da Saúde para as mães que precisam voltar ao trabalho e ainda estão amamentando.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_mae_trabalhadora_amamenta.pdf

Ele mostra que, realmente, a conduta de "já ir dando uma mamadeira de NAN para o bebê se acostumar" não tem o MENOR sentido. E o pior é que é isso que eu mais ouço por aí: "o pediatra mandou já ir dando a fórmula para o bebê não estranhar quando eu sair..." ou "é para eu já ir dando o suquinho, para quando voltar ao trabalho..."

Gente, peraí! É bem possível manter o aleitamento materno exclusivo até seis meses mesmo que a mãe volte ao trabalho antes. Elas, ou melhor, nós (porque sou uma delas)  têm os seus direitos e se seus chefes não os conhecem, eles podem ser informados. As mães, com o apoio do pediatra, devem exigir seus direitos, pois eles são garantidos por LEI. O que acontece, acredito, é falta de informação. Então, como pediatra e mãe, é meu dever informar o máximo possível. Para isso me baseio nas orientações do Ministério da Saúde e da OMS.

Dentre outras reportagens sobre aleitamento materno, a da última edição do Fantástico (milagre!) também ficou ótima!

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1669472-15605,00-MAES+TEM+DIREITO+A+DOIS+INTERVALOS+NO+TRABALHO+PARA+AMAMENTAR.html

A VEJA SÃO PAULO, também esta semana, publicou uma matéria sobre Baby Yoga, Dança Materna e o CineMaterna - mostrando que não precisamos ficar trancafiadas em casa com os nossos bebês pequenos, "condenadas" ao troca-troca de fraldas, peito e banho, privadas da vida social. Nada disso! Estes encontros de mães são super benéficos porque descontraem, promovem troca de idéias e desabafos, de mulheres que estão vivendo o mesmo momento, as mesmas angustias, dúvidas e expectativas.Como mãe e pediatra, aprovo e recomendo!!!



http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2229/programa-canguru-atividades-maes-com-bebes






Olha aí a gente no CineMaterna - fomos assistir RIO!









Ser uma mulher moderna, independente, com uma vida social, que persegue objetivos, conquista espaço e fica satisfeita profissionalmente é maravilhoso. E ser moderna e independente não quer dizer que tenhamos que abrir mão de hábitos mais antigos, ancestrais e instintivos e mega-saudáveis, como amamentar e embalar nossas crias. Acredito que há espaço para tudo isso, basta querer. Talvez deixar algumas coisas de lado, sim, pode acontecer. Mas isso é porque há outra grande prioridade agora: SER MÃE! Além do mais, passa tão rápido! Hoje os filhotes mamam, mas já já estão correndo por aí, e mais um pouco, correndo para o mundo...

Então... muito leite e muito amor, muito bem embasados pela lei e pela Pediatria de verdade!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

1 a 7 de Agosto: SEMANA MUNDIAL DO ALEITAMENTO MATERNO


A Semana Mundial do Aleitamento Materno, de 1 a 7 de agosto de 2011, reforça a importância deste ato que é o primeiro e mais importante para o desenvolvimento saudável da criança, fortalecendo também o vínculo fundamental entre a mãe e o bebê.

Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) pede um empenho renovado de todos os setores da sociedade para criar ambientes que apoiem o aleitamento materno, incluindo locais de trabalho, transportes públicos, serviços de saúde e outros lugares abertos como parques onde as mães com crianças pequenas estão mais presentes. Este apelo início à Semana Mundial do Aleitamento Materno 2011, de 1 a 7 de agosto.

Embora a amamentação tenha aumentado em muitos países das Américas, ainda muito a ser feito para otimizar as; práticas de amamentação. Na maioria dos países da região, menos da metade dos bebês começam a mamar durante sua primeira hora de vida, como recomendado pela OPAS/OMS. O aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses, também recomendado pela organização, é bastante baixo, entre 8% e 64% dos bebês, na média em diferentes países da América Latina.
“Precisamos reverter essas tendências através da criação de ambientes que apoiem a amamentação”, disse a diretora da OMS/OPAS, Mirta Roses. “A amamentação é uma das maneiras mais seguras, saudáveis e naturais para alimentar um bebê, no entanto, tende a ser algo feito em segredo em casa e fora da vista do público”, acrescentou.

O tema da Semana Mundial de Aleitamento Materno é: “Diga-me: Amamentação, uma experiência em 3D”. Busca atrair a atenção pública para a amamentação, falar sobre o tema com todos os membros da sociedade e demonstrar que a criação de ambientes favoráveis e amigáveis para amamentar é responsabilidade de todos.

Entre os exemplos de como criar este tipo de ambientes favoráveis para a amamentação materna incluem: transporte público que oferece vagas especiais para mães que estão amamentando, assim como locais de trabalho e espaços públicos que oferecem às mulheres lugares que alimentam seus bebês.

A amamentação é a intervenção preventiva mais eficaz que existe para evitar mortes de crianças menores de cinco anos. A pesquisa mostra que cerca de 20% de morte neonatal (menos de um mês) poderiam ser prevenidas se todos os recém nascidos começarem a receber leite materno durante sua primeira hora de vida.

Além disso, crianças que são amamentadas durante uma média de sete a nove meses têm seis pontos mais de QI que crianças que recebem leite materno por menos de um mês. A amamentação materna também ajuda as mães a perder peso e reduzir o risco de câncer de mama e câncer de ovário, como diabetes tipo 2.

Fundada em 1902, a OPAS/OMS é a organização de saúde pública mais antiga do mundo. Trabalha com todos os países das Américas para melhorar a saúde e qualidade de vida das pessoas na região. Seu secretariado atua como Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial de Saúde.

World Alliance for Breastfeeding Action (Waba) lançou um calendário comemorativo da Semana Mundial de Aleitamento Materno 2011, contendo informações sobre como desenvolver esse tema tão complexo e atual, sugerido para este ano.

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