FILOSOFIA

FILOSOFIA

A medicina natural pode acrescentar muito no cuidado geral com as crianças, no tratamento das doenças comuns da infância e na manutenção da saúde.



Os métodos naturais como a Homeopatia e o Ayurveda colaboram com uma postura menos materialista e menos imediatista, desencorajando a auto-medicação, o exagero e a falta de bom senso no uso da alopatia.



É possível mudar os hábitos e usar os recursos naturais a fim de construir um estilo de vida mais saudável, sem deixar de lado a prática médica convencional, com suas indicações precisas.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Brinquinho? Mas será que ela quer?

A inevitável pergunta da primeira consulta de uma recém nascida menina: Qual a melhor hora para furar a orelhinha? A hora que ela quiser, eu respondo. E aí vejo um olhão arregalado assim ó! Mas como? Mas depois não vai doer mais? Mas se ela for maiorzinha não vai querer deixar... Mas a avó já deu um brinquinho... 

Gente, calma. Vamos por os neurônios para trabalhar ANTES de ir aceitando tudo o que é "protocolado" pela sociedade? 
Nenê menina tem que furar a orelha. 
Nenê menino tem que operar a fimose.
QUEM disse?
Que ditadura é essa? Pensemos...

E bem na hora que começamos a pensar alguém pergunta: mas qual o problema?
Bom, vários. Penso assim: um recém nascido precisa de muitos cuidados. Limpar o bum bum, a xoxota, o umbigo... cada coisa do seu jeito. E para as meninas de orelha furada, limpar o brinquinho. Girar o brinquinho. Imagina: incomoda, gente. Imagina: que mulher adulta consegue dormir de brinco? Você tira ou não os seus brincos antes de dormir e tomar banho? E você tem uma orelhona, tarimbada já, de adulta. E a bebezinha? Uma micro orelhinha com uma coisa cutucando atrás. Atrapalha sim, atrapalha para dormir e para ela se acomodar nos seus braços na hora de mamar. Fica lá aquele treco cutucando... 

Ah, mas não dói para furar. Quem disse? Todo mundo sabe que dói. Isso é balela! Recém nascido sente dor sim... não é porque o bebê não se comunica de forma verbal que ele não sente dor. Tanto sente que há protocolos nas UTIs e Unidades neonatais para quantificar a dor do bebê que está internado. E mais, não dá um super dó
na hora de colher o exame do pezinho? Que mãe não fica de coração apertado nesta hora? E olha que é um furo só, hein? Um troço totalmente indispensável, e a gente SABE que precisa fazer. Pergunto então, porque que temos que aguentar o nosso coração apertar da mesma forma, para furar a orelhinha? Poque passar por isso? Que convenção é essa tão rígida que algumas mães engolem e, com o maior dó, vão furar as orelhas de suas bebês?

Definitivamente não. Eu não passei por isso. É infinitamente melhor aguentar a indignação das pessoas do que a dor de ver um recém nascido ser agulhado sem necessidade... por vaidade dos adultos, já que a bebezinha  não tem a menor ideia do que é brinco e do porque se furam as orelhas.Não é porque um bebê não articula palavras e nem retruca com argumentos que não podemos perguntar (ao nosso íntimo, que seja) mas será que ela quer

Estão lá na gaveta, os dois pares de brincos que Analu ganhou. A princípio guardados para quando ele completasse um ano... quem sabe eu a levasse a um acupunturista para fazer o furo... E o tempo foi passando... ela está com três anos, linda, de cabelos cacheados, cheio de fitinhas e fivelinhas, ama vestido e tons de rosa... os brincos? Continuam lá. E eu, quando ela quiser, quando ela estiver disposta a sentir duas agulhadas, a levarei para furar as orelhas. E darei muito colo se o choro vier... como sempre fiz, mas tranquila e sem aperto no coração, por saber que a escolha foi dela.

(fotos retiradas do google)
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