FILOSOFIA

FILOSOFIA

A medicina natural pode acrescentar muito no cuidado geral com as crianças, no tratamento das doenças comuns da infância e na manutenção da saúde.



Os métodos naturais como a Homeopatia e o Ayurveda colaboram com uma postura menos materialista e menos imediatista, desencorajando a auto-medicação, o exagero e a falta de bom senso no uso da alopatia.



É possível mudar os hábitos e usar os recursos naturais a fim de construir um estilo de vida mais saudável, sem deixar de lado a prática médica convencional, com suas indicações precisas.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Post no site Cia das Mães!

Gente, quem ainda não conhece, vale super a pena conhecer o site Cia das Mães!
Só tem coisas lindas e gostosas para as mães, bebes, crescidinhos e ate para os papais!
As coisas mais deliciosas, que eu amo sao os slings, as naninhas, as roupinhas e as bebechilas! vale a pena conferir e ficar doida com tanta coisa bonita:

www.ciadasmaes.com.br

Esta semana, elas publicaram um post meu lá, na coluna Vida de Mãe:
Falo um pouco mais da minha estória (quem leu meu relato de parto já conhece bem), da minha opção pelo parto natural e do envolvimento com a medicina natural!

http://www.ciadasmaes.com.br/blog/vida-de-mae/1572-2/


"Quando me perguntam por que escolhi ter um parto natural costumo encher o peito, dar um suspiro e me preparar para contar uma longa estória… a escolha pelo parto natural nasceu lá atrás, antes mesmo de eu imaginar que um dia seria mãe, foi uma conseqüência da minha trajetória de vida.

antes dos vinte anos decidi ser médica. simplesmente eu nunca me imaginei fazendo outra coisa. formei-me em 1999 e fui fazer residência em pediatria. durante meus 10 anos de experiência em pronto socorro, eu sentia duas coisas: uma, que eu tinha uns “filhinhos adotivos” por aí, o que acabou saciando de alguma forma o meu instinto materno. e outra, o medo de um dia passar o que aquelas mães passavam! claro, eu só via um lado da moeda, né? o sofrimento daquelas mães e crianças ficou marcado em mim de forma tão intensa que não me permitia vislumbrar o prazer de ser mãe. felizmente, com o nascimento dos meus sobrinhos isso foi mudando devagarzinho – sendo tia pude experimentar um pouco do lado da moeda que eu não vivia com a pediatria.

logo ao terminar a residência em pediatria, me decepcionei com a medicina convencional. sentia falta de mais proximidade com o paciente e sentia que eu necessitava de uma ferramenta a mais para exercer a medicina de forma integral.

fui fazer uma especialização em homeopatia – isso já era parte daquela tal busca – e encontrei a maneira de exercer minha profissão com maior sensibilidade. mas não bastou… depois disso, vieram as formações em yoga e em ayurveda (a medicina indiana). com elas encontrei uma forma de ver o homem e o universo, muito mais condizente comigo do que aquilo que eu tinha aprendido na faculdade de medicina, que já não me bastava. finalmente, depois da minha última viagem à índia, pude me sentir plena e pronta para a maternidade. a índia é transformadora: fui invadida por um conhecimento que me deixou satisfeita. encontrei respostas para todas as minhas questões metafísicas e existenciais. conseqüência: retornei em fevereiro de 2010 e em março estava grávida!

assim que soube da gravidez, já tive o desejo de ter um parto natural, sem intervenções, deixando simplesmente a natureza agir. aprendi que isso é possível e aplico não só para mim, mas na minha prática pediátrica! ficou muito claro para mim como podemos atrapalhar a natureza, com milhões de intervenções desnecessárias. às vezes um pequeno mal, uma doencinha que o próprio corpo pode dar conta, através da sua sabedoria interna, vira um grande mal, simplesmente porque atrapalhamos o processo natural.

durante a gravidez pude colocar em prática muito do que aprendi. fiz yoga durante a gestação inteira, tomei cuidados especiais, usei ervas adequadas e prestei muita atenção à alimentação. posso dizer que a minha gestação foi a consagração de todo o meu estudo e toda a minha busca.

o yoga e o ayurveda me ajudaram a ter uma gestação tranqüila e a homeopatia me ajudou muito durante o trabalho de parto. conheci pessoas incríveis, que me ensinaram muito. todo o preparo para o parto, para a amamentação me acrescentou demais, à minha vida pessoal e conseqüentemente à minha prática pediátrica.

agora, que minha filha analu já tem 9 meses e que estou de volta ao trabalho, estou mais segura das minhas convicções. não abandonei tudo o que aprendi na faculdade, de jeito nenhum! este é um conhecimento necessário. mas precisa ser usado com critério. posso dizer que fiquei mais satisfeita com o meu modo de fazer medicina e de cuidar da minha filha. com o meu modo de vida.

agora posso entender o que é instinto materno. e percebo que, hoje em dia, o acesso fácil à informação, aos remédios, aos recursos, às intervenções e ao tão valorizado desenvolvimento da medicina, acabaram por ofuscar este instinto. nesta era de modernidade ganhamos muito, mas também perdemos.

nem sempre o que é considerado prático ou confortável é a melhor escolha. o maior exemplo são os índices altíssimos de cesarianas eletivas, sem indicação real. ou, um manual que propõe deixar que seu bebê chore sozinho no berço, até que perca as forças e adormeça. ou ainda, alguns pediatras orientam a introdução precoce de alimentos ou de fórmula, porque a mãe está saindo para trabalhar, esquecendo-se que manter o aleitamento materno exclusivo é possível.

enfim, eu ficaria aqui escrevendo 10 páginas de exemplos de situações em que o natural e o instinto são deixados de lado, em prol do tal conforto e praticidade. mas este é um erro gigante, uma falha de discernimento. a cada vez que deixamos o natural de lado, estaremos deixando de experimentar a vida na sua forma mais real, mais verdadeira, mais humana.

os recursos estão aí para serem usados quando realmente são necessários. em situações extremas, de risco para a saúde e para a vida. mas, excetuando-se estas situações de gravidade, a natureza dá conta. todas nós somos dotadas de instintos e da força do feminino. só precisamos deixar aflorar e confiar.

no meu caso, ter me permitido ter um parto natural, sem intervenções, apenas observando a natureza seguir seu curso e confiando nela, tornei-me outra pessoa. reforcei as minhas convicções e a minha forma de ver o mundo. e entendi, de uma vez  por todas, a minha busca. acho que finalmente cheguei ao primeiro ponto. agora, o caminho continua. sigo confiante na minha própria força, na força do feminino, da maternidade e da natureza, da nossa divina mãe. e feliz, por poder contar com a homeopatia, o yoga e o ayurveda, que permeiam a minha vida, meu modo de ser, meu modo de entender o outro e de exercer a medicina!"

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